Home Política “Audiência não se pede com vídeo na internet”, rebate Mendes

“Audiência não se pede com vídeo na internet”, rebate Mendes

por Sandra Carvalho

Governador assumiu “dificuldade” em dialogar com prefeito, mas sinalizou que pode recebê-lo

O governador Mauro Mendes (União) criticou, durante entrevista ao programa Roda Viva nesta segunda-feira (29), o modo com que o prefeito de Cuiabá Emanuel Pinheiro (MDB) usou para pedir um reunião com ele.

Tenho dificuldade, sim, em dialogar com esse tipo de político, mas dialogo

Na semana passada, o prefeito gravou um vídeo e publicou nas suas redes sociais pedindo um “cessar fogo” entre ele o governador para tratar da Saúde de Cuiabá. “E aí, Mauro, vamos nessa?”, disse em descrição de postagem.

Mendes afirmou que um pedido de audiência entre chefes do Executivo deve ser formalizada junto ao Palácio Paiaguás, o que não foi até então.

“Audiência não se pede com vídeo na internet, se pede com ofício ou com uma ligação para o chefe de gabinete. E até onde sei isso não chegou lá”, afirmou.

O governador voltou a pontuar que a gestão Pinheiro foi alvo de 19 operações policiais, sendo a maioria delas por supostos esquemas na Saúde.

“Como o Ministério Público Estadual, a Delegacia de Combate a Corrupção faz 19 operações e o ‘cara’ está correto? Não está correto. […] Cuiabá está atolada em dívidas, buraco… Uma gestão que reputo como a pior da história dos 300 anos do Estado de Mato Grosso”, disse.

Por conta disso, Mendes admitiu que tem dificuldade de sentar à mesa com o gestor municipal. Mas sinalizou que, se ele formalizar o pedido de audiência, poderá atendê-lo.

“Tenho dificuldade, sim, em dialogar com esse tipo de político, mas dialogo. Agora, quem vem com mentira, bravata, e fazendo vídeo na internet dizendo que está querendo audiência? Pera lá! Vamos ser sérios e trabalhar com seriedade. Com seriedade, eu recebo ele a qualquer momento”, garantiu.

“Voltou o caos”

Mendes ainda afirmou que após a saída do Gabinete de Intervenção Estadual da Saúde, o “caos” voltou à Pasta. A Saúde da Capital foi gerida pelo Estado de meados de março do ano passado até o dia 31 de dezembro por determinação da Justiça de Mato Grosso.

“Nesses 10 meses, usando apenas o dinheiro que estava na Lei Orçamentária, nós colocamos mais de 300 médicos, reestabelecemos o fornecimento de remédio, reestabelecemos o fluxo de cirurgias eletivas, conseguimos colocar a saúde para funcionar. A intervenção terminou no dia 31 de dezembro e a partir daí voltou o caos. Olha, gente, pelo amor de Deus”, disse.

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