vereador Marcus Brito Junior (PV) afirmou estar sofrendo retaliação do prefeito Emanuel Pinheiro (MDB) após votar favorável à abertura da Comissão Processante que pode cassar o mandato dele.
A partir do momento que você não agrada, não vota como ele [Emanuel] quer, ele tira o que você tem de aproximação
Segundo o parlamentar, servidores ligados a ele foram demitidos da Prefeitura de Cuiabá e há mais exonerações a serem feitas. Contudo, o vereador não quis detalhar quais eram os cargos.
“A partir do momento que você não agrada, não vota como ele [Emanuel] quer, ele tira o que você tem de aproximação. Eu tinha alguns cargos na Prefeitura e ele começou a exonerar; tive funcionários ameaçados. Tem uma lista correndo, parece que vão exonerar mais”, disse ao MidiaNews.
Marcus integrava a base do prefeito Emanuel Pinheiro, mas relatou ter se afastado nos últimos meses por causa da negligência do gestor. Ele considerou que é insustentável apoiá-lo porque as demandas apresentadas pelos parlamentares não são atendidas.
vereador acrescentou que os secretários da Prefeitura também são inacessíveis, o que dificulta o trabalho da Câmara Municipal.
“Há tempos temos demandas que não são atendidas. À medida que você vê algumas coisas acontecendo no Município, vai gerando revolta, fica insustentável. Pelas condições da cidade, não tinha como não abrir uma processante”, observou.
A Comissão Processante
A Comissão Processante foi apresentada após o prefeito ter sido acusado pelo Ministério Público Estadual (MPE-MT) de liderar uma organização criminosa na Saúde de Cuiabá.
Por causa da acusação, ele foi afastado do cargo pelo Tribunal de Justiça do Estado (TJ-MT), mas três dias depois o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) o reintegrou à gestão.
Agora, a Comissão Processante analisará as acusações e, se considera-las grave o suficiente, a Câmara poderá cassar o mandato de Emanuel.