Por Dra. Cibele Castro
A endometriose é uma condição que afeta milhões de mulheres em todo o mundo. Trata-se do crescimento de tecido endometrial fora do útero, o que pode causar dor, infertilidade e outros sintomas debilitantes. Embora existam muitas opções de tratamento disponíveis, a fisioterapia pélvica emergiu como uma técnica eficaz para aliviar a dor e melhorar a qualidade de vida das mulheres com endometriose.
É uma especialidade que se concentra no tratamento de distúrbios relacionados ao assoalho pélvico. Esta área do corpo é composta por músculos e tecidos que suportam a bexiga, o útero e o intestino. Quando os músculos do assoalho pélvico se tornam fracos ou tensos, podem ocorrer sintomas como dor durante a relação sexual, incontinência urinária ou fecal, dor pélvica crônica e posturas antálgicas.
Na endometriose, a dor pélvica é um sintoma comum e muitas vezes debilitante. A fisioterapia pélvica pode ajudar a reduzir a dor ao trabalhar para relaxar os músculos tensos do assoalho pélvico. Isso pode ser feito através de técnicas como exercícios de relaxamento muscular, terapia manual e biofeedback.
Além de aliviar a dor, a fisioterapia pélvica também pode ajudar a melhorar a função gastrointestinal e urinária, reduzir a inflamação e promover a cura dos tecidos afetados pela endometriose. Isso pode levar a uma melhora significativa na qualidade de vida das mulheres com endometriose.
É importante ressaltar que a fisioterapia pélvica não é uma cura para a endometriose, mas pode ser um complemento valioso para outros tratamentos. É sempre importante consultar um médico para determinar o melhor curso de tratamento para cada caso individual.
Com o tratamento adequado e o apoio de uma equipe médica especializada, é possível gerenciar os sintomas desta condição debilitante e melhorar a saúde e o bem-estar das pacientes.
Dra. Cibele Castro é fisioterapeuta pélvica e integra a equipe do Instituto Eladium