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Cultura hip-hop é declarada Patrimônio Cultural

por Da Redacao
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A importância dessa lei surge para que políticas públicas permanentes sejam pensadas em favor desses artistas tão combativos. Em Mato Grosso, o movimento realiza um trabalho extraordinário de manifestação da cultura urbana de forma legítima”, afirmou o autor da lei, deputado Beto Dois a Um

Foto: Helder Faria

Valorizar, fomentar, dar visibilidade e respeito à cultura hip-hop e todos os seus elementos como expressão artística fazem parte das iniciativas instituídas na Semana Estadual do Hip-Hop, por meio da Lei nº 12.400, sancionada no início deste ano pelo governo do estado, de autoria do deputado Beto Dois a Um (PSB).

De acordo com a lei, serão promovidas ações de divulgação, formação e capacitação ligadas às modalidades artísticas características da cultura hip-hop, bem como as demais manifestações artísticas, além de atividades que visem à discussão, à troca e ao debate de ideias relativas às políticas públicas para o desenvolvimento da juventude, identidade, pertencimento, promoção da cultura e turismo e da diversidade e inclusão.

A grafiteira, slammer (participante de batalhas de poesia falada) e produtora cultural Ligia Viana disse que Semana Estadual do Hip-Hop representa a valorização e empoderamento dessa cultura, oriunda da periferia e tem dentro da sua perspectiva de ação cultural a luta pelos povos negros da periferia.

“Ela vem carregada de simbolismo dessa população que tem a sua própria forma de se manifestar, que tem no seu cotidiano essa organização comunitária, com o intuito de elevar a cultura da periferia de uma forma construtiva e, ao mesmo tempo, também de empoderamento”, destacou a produtora.

Ligia disse também que a Semana Estadual do Hip-Hop deve vir instituída de investimento. “O empoderamento também perpassa por essa parte dos recursos financeiros, para que possa desenvolver diversas ações e mostrar à sociedade o que é o movimento e o impacto que ele tem na sociedade em desmistificar essa rusga com a população periférica”, finalizou. 

Pela lei, fica assegurada a realização de rodas culturais, batalhas de rimas e demais manifestações artísticas urbanas no território de Mato Grosso, cujo objetivo é valorizar suas atividades, incentivar seu potencial turístico cultural alternativo, promover capacitações e integração dos seus gestores para que a população e a juventude sejam beneficiadas com acesso à cultura de forma segura.

O deputado Beto Dois a Um falou que o hip-hop é uma das mais contundentes expressões culturais de contestação da desigualdade social. “A importância dessa lei surge para que políticas públicas permanentes sejam pensadas em favor desses artistas tão combativos. Em Mato Grosso, já há algum tempo, o movimento realiza um trabalho extraordinário de manifestação da cultura urbana de forma legítima. Alinhado com o cinquentenário do hip-hop, a intenção é estimular, amplificar vozes e valorizar esse movimento que vem crescendo exponencialmente desde que foi criado”, justificou.

O parlamentar acrescenta também que “ainda que os registros dominantes voltem os olhares para São Paulo e Rio de Janeiro, o movimento hip-hop tem uma história muito relevante em Mato Grosso. Diversos municípios têm seus próprios representantes que levam o nome de Mato Grosso para festivais e encontros Brasil afora”, finalizou.

O movimento hip-hop está se organizando para comemorar os cinquenta anos de existência no mundo. No Brasil, são quarenta anos e toda essa movimentação traz uma grande reflexão na sociedade com seus trabalhos, já que envolve formação e não é só uma apresentação artística.

Adnilson da Silva, o DJ Taba, vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, afirma que os 50 anos de hip-hop representa a movimentação, a articulação do movimento nacional, que celebra e aprofunda o diálogo em todas as esferas de governo, para que nós possamos articular, não só o reconhecimento, mas também a implementação de leis e de um canal de diálogo entre o estado e os municípios. O deputado Beto Dois a Um tem sido um parceiro nesse sentido, fortalecendo a cultura e aproximando o setor artístico de Mato Grosso com o Parlamento e a sociedade”, disse o DJ Taba.

As manifestações da cultura urbana

– Breaking (B. Girls e B. Boys)

– Graffiti;

– Rap (Rapper);

– MC;

– Batalha de Rima;

– SLAM – Batalha de poesia falada;

– DJ;

– Beatbox;

– Pinturas, grafites, esculturas, apresentações de caráter teatral, musical ou circense, estátuas vivas e demais apresentações.

A cultura hip-hop – É um movimento artístico e cultural que surgiu nos Estados Unidos na década de 1970 e se disseminou pelo mundo, incluindo o estado de Mato Grosso. Essa expressão cultural engloba elementos como a música, dança, arte urbana e a palavra falada, e se tornou um importante meio de expressão e identidade para diversas comunidades e grupos sociais.

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