Home Destaque Delegado afirma que haveria uma “hecatombe” se 300 kg de dinamites clandestinos tivessem explodido em garimpo

Delegado afirma que haveria uma “hecatombe” se 300 kg de dinamites clandestinos tivessem explodido em garimpo

por Da Redacao

O delegado Victor Hugo Caetano Freitas, responsável por investigar a morte da empresária Daniella Trajano Dalffe, de 28 anos e do presidente de uma cooperativa de garimpeiros, Mário Lucier Caldeira, de 49, após uma explosão em um garimpo na zona rural de Guarantã do Norte (708 quilômetros de Cuiabá), afirmou que poderia ter havido uma “hecatombe” [grande catástrofe] se todos os 300 quilos de dinamites que estavam clandestinamente no local tivessem sido detonados.

Foram apreendidos pela Polícia Civil 300 quilos de emulsão de dinamite e mais de mil metros de cordel detonante no garimpo. A explosão, inclusive, poderia ter atingido uma casa que fica próxima do local.

Duas ou três bananas de dinamite também explodiram e as pessoas que estavam mais próximas do material sofreram os danos fatais. O cordel é flexível, com um núcleo de material explosivo, e pode ser utilizado para iniciar explosivos como reforçadores, encartuchados e bombeados e como linha mestra para iniciar detonadores não elétricos.

O delegado Victor Hugo ressalta que se houvesse a explosão das emulsões de dinamite, a tragédia poderia ser de maiores proporções. “O cordel é um material mais sensível e no atrito com o solvente químico houve a reação. Ocorreu a explosão de duas ou três dinamites, mas se houvesse explodido mais, teria ocorrido uma hecatombe”, afirmou.

Além das duas mortes, outras três pessoas sofreram lesões graves e queimaduras.

Conforme a apuração realizada até o momento, as pessoas que estavam no garimpo no momento da explosão manuseavam um solvente inflamável (Thinner) para apagar os códigos de rastreio que constam nas emulsões e nos cordéis detonantes. Os códigos são obrigatórios em todo material explosivo e servem para rastrear a carga desde a origem até o destino final do material  que tem o uso controlado pelo Exército Brasileiro.

A investigação apurou que a supressão dos códigos foi feita para evitar que o material fosse rastreado e pudesse, assim, ser vendido no mercado clandestino.

Uma equipe da Divisão Antibombas, da GOE, foi a Guarantã do Norte no dia seguinte, após a explosão no garimpo, para fazer a detonação do material apreendido pelas equipes policiais.

Após levantamento criterioso do material e de procedimentos de segurança para que as equipes policiais pudessem dar continuidade às diligências investigativas no garimpo, a equipe da GOE fez a  detonação, com segurança, dos 300 quilos das emulsões de dinamite e dos cordéis, em uma área na região rural de Guarantã do Norte.

Fonte: Olhar Direto

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