Home Destaque Juiz dá 24 horas para Google excluir dados vazados de irmã Marluce e Chirolli

Juiz dá 24 horas para Google excluir dados vazados de irmã Marluce e Chirolli

por Da Redacao

O juiz Walter Pereira de Souza, do 3º Juizado Especial Cível de Cuiabá, estipulou o prazo de  24 horas para que o Google Brasil Internet Ltda remova do ar a página Etersec. O portal, que estaria ligado aos ativistas Anonymous Brasil, divulgou dados pessoais da coordenadora do Colégio Notre Dame de Lourdes, Marluce C. de Almeida Silva, e do ex-comandante do Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer), Juliano Chiroli. Os dois estão no ‘olho do furacão’ gerado após o escândalo envolvendo uma suposta intimidação a opositores do presidente Jair Bolsonaro no colégio particular de Cuiabá. Em caso de desobediência, o juiz estipulou multa diária de R$ 2 mil.

“Fixo multa simples em R$ 2.000,00 (dois mil reais), pelo descumprimento injustificado da presente determinação, sem prejuízo da resposta criminal por crime de desobediência. Cite-se para responder à reclamação no endereço indicado na inicial e em nome do Gerente Geral responsável”, conclui.

Ao acatar o pedido, cuja ação é de autoria é da religiosa, o magistrado acolheu a argumentação de que a exposição dos dados pode causar danos aos dois alvos do grupo ativista, já que as informações podem ser utilizadas para fins ilícitos.

Dados vazados

O grupo de hackers Anonymous Brasil – que retalia políticos, empresários e outras personalidades poderosas por meio de exposição de dados secretos – divulgou informações pessoais de Chiroli e da Irmã Marluce. A exposição é uma retaliação ao sobrevoo de um helicóptero militar sobre o colégio coordenado pela religiosa no dia 2 de setembro.

O episódio se deu apenas um dia após a imprensa divulgar amplamente que uma professora da unidade foi suspensa por fazer críticas ao presidente Jair Bolsonaro durante uma aula. No episódio, a instituição justificou a punição alegando que a abordagem de assuntos político-partidários são vedados na instituição e que todo o corpo docente assina um termo que deixa clara essa regra.

O sobrevoo foi interpretado como coação às críticas da professora e ganhou destaque nacional na imprensa. A suspeita levantada é de que a aeronave – pertencente ao Centro Integrado de Operações Aéreas (Ciopaer) – tenha sido utilizada para uso político. Tanto a escola quanto a Secretaria de Estado de Segurança Pública (Sesp) negaram, afirmando que se tratava de uma manobra já planejada, em meio às celebrações da Semana da Independência.

O protesto do grupo ativista foi divulgado por meio do site Etersec, sob o codinome “Operação Escola Sem Partido”. Segundo o grupo, a ação foi motivada pela coincidência de datas entre a suspensão da professora e o sobrevoo do helicóptero do Ciopaer. Para o grupo de hackers, o sobrevoo do helicóptero e a justificativa apresentada por ambas as partes são ‘desconexas’.

“Fica nítida a tentativa de sufocar os ideais defendidos pela professora em questão, de tal modo que, tendo a diretora tomado essa atitude, acaba trazendo o sistema da politização partidária (em específico, a extrema-direita), para órgãos de educação”, diz trecho do manifesto escrito pelo grupo de hackers.

Em ato de retaliação, o grupo divulgou uma série de dados pessoais da diretora e do ex-comandante do Ciopaer. Os dados expostos incluem CPF, endereço e valor dos salários. Nem mesmo os parentes dos dois foram poupados da ação.

Fonte: Jornal Estadão Mato Grosso

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