Um homem, considerado liderança do Comando Vermelho (CV) na região do bairro Pedra 90, foi preso na noite da última quinta-feira (16), pela Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), acusado de envolvimento no ‘salve’ [sessão de espancamento] que resultou na morte de Felipe Fernandes da Silva, 21 anos. A vítima é acusada de estupro contra uma mulher e foi ‘julgado pelo Tribunal do Crime’.
A equipe da DHPP e Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD), comandada pelo delegado Mário Santiago, iniciou o cruzamento de dados de tornozelados, já que as duas vítimas estavam utilizando o aparelho de monitorando. Foi então que descobriu-se que um dos que participaram do homicídio estava no mesmo local.
O acusado é morador do bairro Pedra 90 e considerado uma das lideranças do Comando Vermelho na região. Ele foi preso por volta das 20h, dentro de um motel na região do Coxipó, onde sua mulher trabalha.
O nome não foi divulgado pela Polícia Civil, que continua em busca dos outros envolvidos no crime.
O caso
Policiais civis do Núcleo de Pessoas Desaparecidas (NPD) localizaram o corpo de Felipe Fernandes da Silva, 21 anos, na manhã desta quinta-feira (16), em uma região de mata no Cinturão Verde, no bairro Pedra 90, em Cuiabá.
Conforme informações apuradas pela reportagem, a suspeita é de que o homem tenha passado pelo tribunal do crime do Comando Vermelho, que pune quem desrespeita as regras da facção.
O jovem é suspeito de cometer um estupro no último domingo (12). No dia seguinte, por volta das 5h, ele acabou preso, mas solto em audiência de custódia. O Poder Judiciário impôs medidas cautelares como uso de tornozeleira eletrônica ao acusado.
A família comunicou o desaparecimento de Felipe nesta quarta-feira (15) e informou que ele usava tornozeleira eletrônica. Na manhã de hoje, após monitoramento do aparelho, os policiais do Núcleo de Pessoas Desaparecidas identificaram sinal na região do Cinturão Verde.
Os agentes se deslocaram imediatamente para o local e encontraram Felipe já morto e com sinais de tiros nas costas e cabeça. O corpo foi encaminhado para o Instituto Médico Legal (IML) para exame de necropsia.