As primeiras ambulâncias que transportam feridos da Faixa de Gaza já começaram a chegar ao Egito, informam agências de notícias, citando autoridades egípcias, enquanto emissoras de televisão egípcias transmitem ao vivo a entrada destes veículos pela fronteira de Rafah.
Um primeiro grupo de retirados feridos entrou no Egito em ambulâncias, segundo a mídia egípcia e uma fonte na fronteira, por volta das 6h35 (horário de Brasília).
Uma fonte da autoridade de fronteira palestina e duas fontes de segurança egípcias disseram que 81 pessoas feridas entrariam no Egito para tratamento nesta quarta-feira.
Além disso, até 500 portadores de passaportes estrangeiros passarão pela passagem de Rafah nesta quarta, disse uma fonte de segurança egípcia, acrescentando que cerca de 200 pessoas estavam esperando no lado palestino.
Uma segunda fonte com conhecimento do acordo disse que havia uma lista de até 500 pessoas que deixariam Gaza, mas nem todas deveriam sair nesta quarta.
Hospital de campanha
Para receber os feridos no lado egípcio da fronteira, fontes médicas na região do Sinai, no Egito, disseram que um hospital de campanha com quatro tendas, cada uma com 20 leitos, e 12 caravanas médicas foram montadas em Sheikh Zuweid, a 15 km de Rafah.
Os hospitais de Sheikh Zuweid e Al-Arish, uma cidade um pouco mais distante, também estavam se preparando para receber pacientes de Gaza, e os casos mais difíceis deveriam ser enviados para Ismailia, disseram as fontes.
As informações dão conta de que 40 ambulâncias estão na passagem para participar das operações de retirada. Além disso, 70 caminhões de ajuda humanitária estavam na área de Rafah, passando pelo processo de verificação exigido antes de poderem entrar em Gaza, conforme um acordo existente com Israel.
Em 7 de outubro, um ataque do Hamas ao Sul de Israel matou cerca de 300 soldados e 1,1 mil civis. Mais de 200 pessoas foram feitas reféns.
Em represália, Israel iniciou ataques massivos à Faixa de Gaza deixando, até o momento, pelo menos 8.525 palestinos, incluindo 3.542 crianças, de acordo com o Ministério da Saúde da Faixa de Gaza, administrada pelo Hamas.