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Setembro Verde: a colonoscopia no diagnóstico do câncer de intestino

por Da Redacao

Por Dr. Roberto Barreto

A campanha Setembro Verde tem como objetivo orientar a população sobre a prevenção do câncer de cólon e reto. Terceiro tipo mais frequente em homem e o segundo mais frequente em mulher, o câncer colorretal deve fazer 36.360 novas vítimas no Brasil somente neste ano, segundo estimativa do INCA (Instituto Nacional do Câncer). São cerca de 15 mil óbitos por ano, que podem ser evitados com a detecção precoce. Uma das maneiras mais eficientes para detectar a doença é colonoscopia.

A colonoscopia, exame endoscópico do cólon e do reto, é indicada para pacientes assintomáticos a partir dos 50 anos. Pacientes com histórico de câncer de intestino na família devem começar a fazer o exame por volta dos 30 anos ou conforme orientação médica.

Pacientes com mais de 50 anos e com antecedentes familiares de câncer de intestino formam um grupo de risco para câncer de cólon e reto. Sangramento intestinal, anormalidades diagnosticadas por outros exames de imagem e esclarecimentos de anemia são outras indicações para a realização do exame. A frequência depende dos sintomas e dos achados, variando em cada caso.

A colonoscopia é um exame que permite ao médico analisar a mucosa (revestimento interno) do intestino grosso e reto. Ela é indicada para identificar pólipos, tumores, inflamações, úlceras e outras alterações do órgão, é considerada um dos principais métodos de rastreamento do câncer do cólon e reto.

Durante o exame de colonoscopia, também é possível realizar procedimentos como a coleta de biópsia ou mesmo a retirada de pólipos, que são uma alteração causada pelo crescimento anormal da mucosa. Em um primeiro momento, são pequenos e benignos, mas podem crescer e se tornar malignos.

Por isso, é muito importante retirá-los durante o exame. A colonoscopia também pode ser indicada como um método terapêutico, já que permite a cauterização de vasos sanguíneos que podem estar sangrando.

A colonoscopia é feita com a introdução de um fino tubo através do ânus, geralmente, sob sedação, para um melhor conforto do paciente. Este tubo tem acoplado a si uma câmera para permitir a visualização da mucosa intestinal e, durante o exame, pequenas quantidades de ar são injetadas dentro do intestino para melhorar a visualização. O exame costuma durar entre 20 e 40 minutos. O paciente deve ficar um período em recuperação.

Para que o médico consiga realizar a colonoscopia e visualizar as alterações, é necessário que o cólon esteja completamente limpo, ou seja, sem qualquer resíduo de fezes ou alimentos e, para isto, deve ser feito um preparo especial para o exame, que é indicado pelo médico ou clínica que irá realizá-lo.

Normalmente, o preparo é iniciado pelo menos um dia antes do exame, quando o paciente passa a ter uma dieta de fácil digestão, a base de pão, arroz e massas brancas, líquidos, sucos sem polpa da fruta, peixe e ovos cozidos, iogurte sem frutas ou pedaços. O paciente também deve evitar leite, frutas, frutos secos, verduras, legumes e cereais.

Nas 24 horas que antecedem o exame, é indicada uma dieta líquida, para que não sejam produzidos resíduos no intestino grosso. Importante ressaltar que hoje a colonoscopia não mais compromete o dia a dia do paciente, sendo realizada com conforto e sem efeitos adversos.

Dr. Roberto Barreto é gastroenterologista e endoscopista, é presidente da Sociedade Brasileira de Endoscopia em Mato Grosso (Sobed/MT) e atua na Clínica Vida Diagnóstico e Saúde, IGPA e CEC.

Foto: Priscila Russo

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