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Dia Mundial da Audição

por Sandra Carvalho

Por Vanessa Moraes

Com o objetivo de sensibilizar a população sobre a importância da audição e promover ações a fim de prevenir a perda auditiva e a melhoria dos cuidados auditivos, o Dia Mundial da Audição é comemorado anualmente em 3 de março pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

Em 2019, Pesquisa Nacional de Saúde apontou que 2,3 milhões de brasileiros – 1,1% da população total – declararam possuir muita dificuldade ou não conseguir de modo algum ouvir. Porém, os riscos de perda auditiva permanente podem ser evitados através de recomendações simples a serem seguidas no dia a dia.

É preciso tratar corretamente as infecções de ouvido. Quando surgir qualquer tipo de problema, é importante procurar um médico otorrino o quanto antes. Deve-se sempre evitar a automedicação, independentemente se ela for ingerida ou pingada. Para qualquer tipo de medicação, é imprescindível a orientação médica.

Deve-se evitar som excessivamente alto e o uso de hastes flexíveis para a limpeza das orelhas. Para lugares com alto índice de ruídos, o uso de protetores auditivos é indicado.

Aos bebês é recomendado o teste da orelhinha logo ao nascimento. Se o bebê não for aprovado neste teste, um médico otorrinolaringologista deve ser consultado para exames complementares e se a perda auditiva for diagnosticada, o início do uso de aparelhos auditivos deve ser imediato para que esse bebê não sofra privações sensoriais para a aquisição da fala e da linguagem.

É indicado que as crianças façam um exame anual de audição. Presença de rolha de cera, infecções recorrentes da orelha média, tumores, traumas podem desencadear perdas auditivas que atrapalham sua performance escolar. Em crianças desatentas, com baixo rendimento escolar, dificuldade de aprendizagem, com atraso de fala, possivelmente há alguma alteração da audição ou do processamento auditivo central.

A maior causa da deficiência auditiva no mundo está relacionada ao ruído. Ele está presente em nosso trabalho, em nosso lazer e em várias atividades de nossa vida diária. Os fones de ouvido usados pelos jovens em alta intensidade é a maior causa da perda auditiva, que é irreversível e muitas vezes vem acompanhada por um zumbido atormentador.

Para adultos, não há uma referência específica no que se diz respeito à frequência. No entanto, alguns sintomas que podem servir de alerta para a necessidade de uma visita ao médico otorrinolaringologista e que valem para todas as faixas etárias:

  • Falar muito alto;
  • Pedir para repetir o que foi dito e falar com frequência a expressão “o que?”;
  • Não responder quando chamado;
  • Assistir TV ou ouvir rádio com volume muito alto;
  • Ter dificuldades para compreender em locais com ruído ou ao telefone;
  • Ter a sensação de que ouve, mas não entende;
  • Perceber o aparecimento de zumbido;
  • Cansaço;
  • Depressão;
  • Irritabilidade;
  • Isolamento.

Há vários estudos que correlacionam a perda auditiva não tratada com aparelhos auditivos com o aparecimento de doenças neurológicas como o Alzheimer. As chances de queda também aumentam em 70%.

E o melhor de tudo isso é que, dependendo da causa pode existir o tratamento com remédios, cirurgias, uso de aparelhos auditivos ou implante coclear. O que não podemos é negligenciar a perda auditiva, mesmo sendo de grau leve.

Vanessa Moraes é fonoaudióloga e audiologista na Sonicon em Cuiabá (MT).

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