Por Dra. Adriana Costa
É muito comum as alterações na tireoide se manifestarem em adultos, mas elas podem surgir em qualquer etapa da vida. Apesar de ser mais frequente na vida adulta, crianças e adolescentes não estão imunes ao aparecimento de disfunções tireoidianas, como hipotireoidismo e hipertireoidismo, podendo nascer – inclusive – sem a glândula da tireoide.
Os sintomas das alterações tireoidianas durante a infância são os mesmos que acometem os adultos.
Hipertireoidismo
Hipertireoidismo é a condição em que a tireoide produz hormônios em excesso. Esse distúrbio causa a aceleração do corpo.
O hipertireoidismo pode ser causado por nódulos, doenças autoimunes e inflamações. O consumo excessivo de iodo, presente em peixes e no sal marinho, também pode causar.
Hipotireoidismo é o distúrbio causado pela falta dos hormônios tireoidianos no organismo. O principal sintoma de escassez na tireoide na adolescência é a desaceleração do corpo e as causas mais comuns do hipotireoidismo são doenças autoimunes ou a falta de iodo na alimentação.
O diagnóstico é feito através do Teste do Pezinho, exame que faz parte do Programa de Triagem Neonatal e deve ser realizado nos primeiros dias de vida do recém-nascido (entre terceiro e quinto dia).
Nódulos na tireoide
A grande maioria dos nódulos encontrados na tireoide são benignos. É mais comum surgirem em adultos do que em crianças ou adolescentes. No entanto, mesmo menos frequentes na infância, quando são encontrados o risco de ser maligno é maior. É preciso atenção porque cerca de 25% dos casos precisam ser acompanhados, com bons resultados.
Os tipos mais comuns de câncer da tireoide nessa fase da vida são o câncer papilar e o câncer folicular. A causa, na maioria das vezes, é a exposição à radiação de tratamentos de outros tipos de câncer. Por outro lado, cânceres da tireoide em crianças e adolescentes são tratáveis e o prognóstico, na maioria dos casos, é bom.
Diagnóstico
O diagnóstico também é feito da mesma forma que é feito nos adultos, diferenciando apenas no Hipotireoidismo Congênito. São exames de sangue que avaliam a função tireoidiana, exames físicos e ultrassonografia.
Sem o diagnóstico precoce e o tratamento correto das doenças da tireoide na infância, podem surgir problemas como déficits neurológicos, no desenvolvimento da fala e da aprendizagem da criança (hipotireoidismo); além de problemas no coração como arritmias cardíacas e sintomas de ansiedade (hipertireoidismo).
Dra. Adriana Costa é médica radiologista, especialista em radiologia pediátrica, integra as equipes do Hospital do Câncer, Instituto de Diagnóstico Avançado por Imagem (Idapi) e Cadim
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