Transmissão
A transmissão se faz através de secreções da nasofaringe e gotículas de saliva eliminadas pela fala, tosse ou espirro, da mesma forma que se transmite o resfriado. Não se transmite a Hanseníase por beijo no rosto, abraço ou compartilhamento de objetos.Apenas uma pequena parcela da população infectada realmente adoece, muitos indivíduos não transmitem a doença, pois têm um sistema imune que destrói a bactéria. O período de incubação, ou seja, tempo em que os sinais e sintomas se manifestam desde a infecção, é, em média, de 3 a 7 anos, podendo chegar até 20 anos.
Manifestações Clínicas
O diagnóstico é essencialmente clínico, através de uma anamnese detalhada e exame físico constando exame dermatoneurológico que consiste na avaliação das manchas com alterações de sensibilidade térmica, tátil e dolorosa, além da pesquisa de espessamento neural. Complementarmente pode ser feita a baciloscopia que verifica a presença de bacilos na linfa coletada dos lóbulos das orelhas, cotovelos, joelhos e em alguns casos, a baciloscopia pode ser coletada da própria mancha.
No SUS, o tratamento farmacológico da hanseníase é feito com antibióticos, a poliquimioterapia. Parte do tratamento é feito no Posto de Saúde, são as chamadas doses supervisionadas mensais. Além destas, o paciente toma antibióticos em casa diariamente também.
Quanto aos cuidados em casa, não é necessário isolar o paciente nem separar talheres ou mudar de quarto pois após a primeira dose supervisionada a chance de contágio cai drasticamente.
Todos os contactantes domiciliares devem ser encaminhados para o Posto de Saúde para serem examinados. Os que estiverem doentes serão encaminhados para tratamento e os que não estiverem serão encaminhados para tomar uma dose da vacina BCG, que protege parcialmente de formas graves da hanseníase.
O Ministério da Saúde alerta que quanto mais precoce se diagnosticar a hanseníase, mais cedo a pessoa será tratada, e assim se evitará sequelas.
Mas mesmo com sequelas, não quer dizer que o paciente vá sofrer para sempre com a incapacidade, a atuação de uma equipe multiprofissional pode ajudar a minimizar os danos.
A doença tem cura e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza gratuitamente o diagnóstico e o tratamento nas Unidades de Saúde da Atenção Primária e, em alguns casos, o paciente pode ser encaminhado para os Serviços de Referência.
Não se descuide. Em caso de suspeita, procure a unidade de saúde mais próxima de sua casa. Hanseníase tem cura!