O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, cobrou punição exemplar ao pecuarista acusado de desmatar ilegalmente mais de 81 mil hectares no Pantanal, em Mato Grosso, durante a 1ª Reunião Ordinária do Observatório do Meio Ambiente e das Mudanças Climáticas do Poder Judiciário, na sede do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), na tarde desta terça-feira (23), o ministro ressaltou seu estarrecimento diante da situação.
“Como todo brasileiro, como todo cidadão do mundo, fiquei estarrecido com o que foi explicitado nos últimos dias. Tenho certeza de que o Poder Judiciário não faltará para reprimi-lo como exemplo para que ninguém nunca mais ouse fazer algo como esse, que destrói o sonho de brasileiros de ter um santuário como aquele preservado”, ressaltou Fávaro aos ministros presidentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin, e do Supremo Tribunal Federal (STF), Luís Roberto Barroso.
O ministro ainda destacou que a sustentabilidade é a garantia de que o Brasil vai continuar sendo um grande gerador de alimentos. “Onde há alimentos, onde não há fome, há paz”, comentou.
Isso porque, segundo o ministro, o maior ativo brasileiro para a produção agropecuária é o clima, permitido que o país seja protagonista mundial na produção agrícola.
Fávaro destaca, ainda, que para continuar intensificando a produção de alimentos, não há necessidade de desmatar qualquer área preservada do país, tendo em vista que o Brasil conta, conforme estudos da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e do Banco do Brasil, cerca de 160 milhões de hectares de pastagens que podem ser convertidos e recuperados, sendo 40 milhões com alta aptidão para a agricultura.