Juiz da 3ª Vara de Jaciara, Ednei Ferreira dos Santos, marcou para o dia 2 de maio de 2024 o julgamento, pelo Tribunal do Júri, de Edino de Abadia Borges pelo assassinato de Valter Fernando da Silva em março de 2023, em um bar da cidade, após uma discussão por divergências políticas. Valter seria apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, enquanto Edino defendia Lula.
Edino foi pronunciado para ser julgado por júri popular e contra esta decisão já não cabe mais recurso. O juiz Ednei Ferreira dos Santos, em decisão dessa quinta-feira (28), deu 5 dias para que as partes apresentem o rol de testemunhas.
Ele também determinou que, caso haja pedido de diligências, que as partes devem justificar que isso é imprescindível, caso contrário os pedidos serão indeferidos e serão aplicadas as consequências processuais decorrentes do pleito abusivo. Com estes apontamentos ele definiu a data para o próximo mês de maio.
“Diante da disponibilidade do Promotor de Justiça Dr. Marcelo Domingos Mansour para atuar nas sessões do plenário do Tribunal do Júri que serão realizados nesta Comarca, designo para o dia 02 de maio de 2024 às 08h30min, no plenário da Sessão do Júri deste Fórum de Jaciara”.
O crime
Edino de Abadia Borges foi preso no dia 21 de março, horas após matar Valter a tiros, em um bar no distrito da Selma. Ele se apresentou na Delegacia de Polícia acompanhado do advogado assumindo a autoria do homicídio.
Em seu depoimento, alegou que agiu em legítima defesa e não por conta de divergências políticas, contrariando os relatos das testemunhas que estavam no local.
Valter defendia o ex-presidente Jair Bolsonaro e Edno o atual gestor, Luiz Inácio Lula da Silva. Discussão entre eles ficou acalorada e Edno sacou uma arma, disparando contra a vítima, que morreu no local.