Justiça revogou o pedido de prisão contra o empresário Ezequiel Padilha de Souza Ferreira, 29, nesta sexta-feira (9). Padilha, como é conhecido, foi apontado como um dos participantes do roubo seguido de morte que vitimou o assessor parlamentar Sérgio Barbieri, 73, em Poconé, no final de janeiro.
Defesa de Padrilha, patrocinada pela advogada Michelle Marie, ressaltou que a acusação de que ele tinha participação no crime é injusta e precipitada.“É importante ressaltar que Padilha sempre atuou na defesa de seu direito à liberdade, confiando plenamente no trabalho dos órgãos investigativos e judiciais para esclarecer os fatos de forma justa e imparcial”, diz trecho da nota encaminhada à imprensa.
O nome do empresário foi citado pelos menores apreendidos em flagrante logo após Sérgio ser dado como desaparecido. Os menores estavam em posse do carro da vítima e levaram os policiais até o corpo, jogado em um matagal da Transpantaneira.
Em depoimento à polícia, os menores citaram o nome de Padilha como um dos envolvidos. Assim que a imprensa começou a divulgação do caso, o empresário se manifestou nas redes sociais e se mostrou preocupado com a acusação, alegando que foi em Poconé uma vez na vida e que não tinha nada a ver com o crime, inclusive, estava no sítio com a família há vários dias.
“É necessário destacar que as investigações até o momento demonstraram inconsistências e contradições nos depoimentos dos envolvidos, o que levanta dúvidas técnicas significativas quanto à participação de Padilha, não havendo nenhuma prova credível que lhe possa ser imputada. A defesa ressalta que a palavra dos menores envolvidos na investigação sempre se mostrou inconsistente, falha e sujeita a alterações conforme os desdobramentos do caso, o que demonstra a inveracidade das declarações”, destacou a defesa.
O crime
Assessor parlamentar Sérgio Barbieri, 73, foi encontrado morto na madrugada de domingo (28), na Transpantaneira, em Poconé (104 km ao sul de Cuiabá), com perfurações de tiros na cabeça e no tórax.
Reportagem apurou que Sérgio saiu de casa no começo da manhã de sábado (27) em um Fiat Fastback, prata, para ir até Poconé e avisou a família que voltaria de tarde. Porém, o caso tomou outro rumo.
Sérgio parou de atender as ligações e, logo em seguida, o celular já ficou fora da área. Família achou tudo muito estranho, já que ele sempre estava online no WhatsApp e atendia os telefonemas.
Já as mensagens de texto estavam sendo respondidas de uma forma diferente. Em determinado momento, ele avisou que só voltaria na terça-feira.
Acontece que Sérgio era servidor da Assembleia Legislativa, assessor do deputado Valmir Moretto e nunca faltava o serviço. Em nota, o deputado lamentou a morte do amigo. “Sua partida deixa um vazio imenso em minha vida e na política, onde ele desempenhou um papel crucial como assessor e confidente”, diz trecho